Em Residência
Como parte do “World Making and Social Emergency at the Hemispheric Institute”, uma iniciativa apoiada pela Fundação Andrew W. Mellon, o Instituto convida pesquisadorxs, artistas, jornalistas e ativistas ilustres para desenvolver seu trabalho e participar de nossos programas como Mellon Fellows—Artistas Residentes, Pesquisadores Visitantes e Jornalistas Residentes. Essxs destacadxs pensadorxs e criadorxs desenvolverão sua arte, sua pesquisa, sua prática jornalística e seu ativismo, ações que engajam comunidades hemisféricas, acadêmicxs e estudantes. É uma honra apoiá-lxs.
2023 Mellon Fellows

Nadia Huggins
Nadia Huggins nasceu em Trinidad e Tobago e cresceu em São Vicente e Granadinas, onde reside atualmente. Artista autodidata, trabalha com fotografia e desde 2010 constrói um corpo de imagens que se caracteriza pela observação do cotidiano. Seu trabalho funde práticas documentais e conceituais, que exploram pertencimento, identidade e memória por meio de uma abordagem contemporânea focada na representação de paisagens do Caribe e do mar. As fotografias de Nadia foram exibidas em exposições coletivas no Canadá, Estados Unidos, Trinidad e Tobago, Jamaica, Barbados, Etiópia, Guadalupe, França e República Dominicana. Em 2019, sua exposição individual Human stories: Circa no future foi realizada na Now Gallery (Londres, Reino Unido). Seu trabalho faz parte da The Wedge Collection (Toronto, Canadá), The National Gallery of Jamaica (Kingston) e The Art Museum of the Americas (Washington DC, EUA). Nadia foi selecionada para o New York Times Portfolio Review (2018) e seu trabalho foi apresentado em várias publicações, incluindo A to Z of Caribbean Art (2019). É co-fundadora da ARC Magazine e da One Drop in the Ocean, uma iniciativa que visa aumentar a consciencialização sobre o lixo marinho.
Como parte da Residência Artística do Instituto, Huggins participará da curadoria de uma exposição de seu trabalho de fotografia e vídeo que será inaugurada no Centro Rey Juan Carlos I em abril de 2023. Em outubro, ela participará do “Coral & Ash: Um Simpósio sobre o Trabalho de Nadia Huggins”.

Dantaé Elliott
Dantaé Elliott é doutorando no Departamento de Espanhol e Português da New York University (NYU). Dantaé tem um interesse particular na arte caribenha contemporânea e sua relação com a migração na diáspora e na região caribenha. Seu trabalho examina o fenômeno da “síndrome dos filhos do barril” para analisar as remessas migratórias e a relação entre um objeto material que não só têm significado pessoal e emocional, mas também facilita as interações interpessoais. Ela tem um B.A. em Língua e Literatura Espanhola com concentração em Estudos Latino-Americanos e Caribenhos e TESL (Ensino de Inglês como Segunda Língua) pelo Roanoke College e mestrado em Língua e Literatura Espanhola pela Universidade de Delaware com concentração em Literatura da Era de Ouro. assistente da série de workshops Caribbean Initiative no NYU Center for Caribbean and Latin American Studies. Neste verão, ela atuou como co-diretora do Seminário de Verão do CCCADI (Caribbean Cultural Center of the African Diaspora Institute) para 2022/2023 Curatorial Fellows. Atualmente trabalha como assistente editorial do Small Axe, A Caribbean Journal of Criticism. Ela é uma artista de destaque em Forgotten Lands Volume 4, intitulado Currents of Africa, lançado em junho de 2022.
Como parte de sua residência como Hemi/Mellon Predoctoral Fellow, Elliott fará a curadoria da próxima exposição Hemi Artist in Residence Nadia Huggins, inaugurada no Centro Rey Juan Carlos I em abril de 2023.

Fabiana Lopes
Fabiana Lopes é curadora independente, escritora e doutoranda em Estudos da Performance na Tisch School of the Arts da New York University. Em 2020, atuou como Curadora Adjunta da 12ª Bienal do Mercosul em Porto Alegre, Brasil. Sua pesquisa enfoca a produção contemporânea de artistas da diáspora africana no Brasil e nas Américas, com atenção especial à performance negra. Seus textos foram publicados em Cadernos Pagu, Nka: Journal of Contemporary African Art, Harper’s Bazaar Art, O Menelick 2o Ato, ARTE!Brasileiros, Contemporary And (C&), e em catálogos de exposições como Feminine(s): visualities, actions e afetos (12ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, 2020), Prêmio PIPA (2020), Rosana Paulino: A Costura da Memória (Pinacoteca, São Paulo, 2018), Lúcia Laguna: Bairro (MASP, São Paulo, 2018), Das Trevas e Da Luz (Minette Vari, Joanesburgo, 2016) e Territórios: Artistas de ascendência africana no acervo da Pinacoteca (Pinacoteca, São Paulo, 2015).
Como parte de sua residência como Mellon Predoctoral Fellow, ela expandirá sua pesquisa sobre a performance negra no Brasil para criar coleções de arquivos em torno do trabalho dos artistas brasileiros Ricardo Aleixo e Ayrson Heraclito na Hemispheric Institute Digital Video Library (HIDVL).
2022-23 Mellon Fellows

Camille Lawrence
Camille Lawrence (ela) é arquivista, artista, curadora e fundadora do Black Beauty Archives (Arquivos Beleza Negra). O trabalho de Camille Lawrence como arquivista enfoca a história da arte, as inovações e a diversidade de expressão artística por toda a diáspora africana. O seu maior interesse é explorar e arquivar a formação da identidade e da cultura pela diáspora africana através de três princípios fundamentais: Oral, Físico e Ritual. A formação de Lawrence como historiadora da arte, artista e esteticista influencia a maneira como ela aborda o seu trabalho arquivístico. Os seus projetos incluem Black Beauty Archives e contribuições para o Urban Bush Women, o DanceAfrica da BAM e Black Dance Stories.
No Juneteenth de 2020, Camille fundou o Black Beauty Archives para documentar, preservar e arquivar a história da cultura Black Beauty (Beleza Negra). A experiência de Camille como maquiadora profissional inclui publicações na VOGUE, Sophisticate’s Black Hair Styles, The New York Times e TV/filmes com a Apple, CNBC, Disney, ESPN, Hallmark e Nike. Em 2022, o Black Beauty Archives foi apresentado no Oprah Daily! e mencionado na CNN e The Hollywood Reporter.
Ela concluiu o seu bacharelado em História da Arte com um enfoque secundário em Estudos Negros Globais na State University of New York, em Purchase e está concluindo um mestrado em Biblioteconomia e Ciência da Informação na City University of New York, Queens College e uma certificação em Fundamentos de Estética no Fashion Institute of Technology.
Como parte de sua residência, Lawrence é curadora e apresentadora “Agency + Process: #000000”, uma série de conversas virtuais celebrando indivíduos que estão moldando o futuro do trabalho de memória, criando fora dos modelos tradicionais de arquivo.

Juan Carlos Alom
Juan Carlos Alom, nascido em Cuba em 1964, é um cineasta e fotógrafo que já fez exibições em Cuba, nas Américas, na Europa e na África do Sul. Tendo iniciado a sua carreira como fotojornalista em Cuba nos anos 90, Alom desenvolveu uma visão artística influenciada pela necessidade de espontaneidade exigida por aquele período de crise. Dentre os filmes que Alom dirigiu estão Una Harley recorre la Habana / Uma Harley viaja por Havana (1998), Habana Solo (2000), Evidencia (2001), Iroko (2004), Diario (2009). Uma retrospectiva dos seus filmes de 16mm foi exibida no festival de Los Angeles de 2018 “Ismo, Ismo, Ismo: o cinema experimental na América Latina”. Exposições em grupo recentes incluem “Sem máscaras: arte contemporânea afro-cubana”, Audain Gallery, Museum of Anthropology, Vancouver (2014), e “No horizonte”, Pérez Art Museum, Miami (2017), dentre muitas outras. Exposições solo ocorreram no San Francisco Art Institute; na Buzz Art Gallery, Miami; na Jorgensen Gallery, University of Connecticut; e na El Apartamento Gallery, Havana. A sua obra faz parte de coleções permanentes no Museu Nacional de Bellas Artes de Cuba; no Los Angeles County Museum of Art; no Ludwig Forum for International Art, Germany; na Fototeca de Pachuca, México; no Pérez Art Museum, Miami; no Blanton Museum of Art, University of Texas; no Museo Reina Sofia, Espanha; e no Tate Modern, Reino Unido. No ano 2000, a Time Magazine selecionou Alom como um dos fotógrafos do milênio na América Latina.
Durante a sua residência no ano acadêmico de 2022-2023, Alom apresentará Finotipo: Fotografias de Juan Carlos Alom, bem como oficinas e uma palestra.

Carlos Martiel
Carlos Martiel (nascido em 1989 em Havana) reside e trabalha em Nova Iorque e Havana. Ele se formou em 2009 pela Academia Nacional de Bellas Artes San Alejandro, em Havana. De 2008 a 2010, ele estudou na Cátedra Arte de Conducta, dirigida pela artista Tania Bruguera. As obras de Martiel já foram incluídas na Bienal das Américas; na 4a Bienal de Vancouver; na 14a Bienal de Sharjah, Emirados Árabes; na 14a Bienal de Cuenca, Equador; na 57 a Bienal de Veneza, Itália; na Bienal de Casablanca, Marrocos; na Bienal “La Otra”, Colômbia; na Bienal de Liverpool, Reino Unido; na Bienal de Pontevedra, Espanha; e na Bienal de Havana, Cuba. Ele já realizou performances no The Leslie-Lohman Museum of Art, Nova Iorque, Estados Unidos; no Solomon R. Guggenheim Museum, Nova Iorque, Estados Unidos; no El Museo del Barrio, Nova Iorque, Estados Unidos; no Stedelijk Museum Amsterdam, Amsterdã, Holanda; no Museo La Tertulia, Cali, Colômbia; no Walker Art Center, Mineápolis, Estados Unidos; e no Padiglione d’Arte Contemporanea, Milão, Itália; dentre outros. Ele recebeu diversos prêmios, incluindo o Franklin Furnace Fund (Nova Iorque, 2016); “CIFOS Grants & Commissions Program Award” (Miami, 2014); e “Arte Laguna” (Veneza, 2013). A sua obra já foi exibida no Museu de Arte de São Paulo (MASP); no Zisa Zona Arti Contemporanee (ZAC), Palermo, Itália; no Patricia and Phillip Frost Art Museum, Miami, Estados Unidos; no Benaki Museum, Atenas, Grécia; e no Museo Nacional de Bellas Artes, Havana, Cuba; dentre outros. As suas obras integram coleções públicas e privadas em instituições como o Guggenheim Museum; The Pérez Art Museum Miami (PAMM); e Museu de Arte do Rio.
Como parte da sua residência, Martiel vai concluir a curadoria da sua futura coleção na HIDVL.

Dr. Brenda Dixon Gottschild
Brenda Dixon Gottschild é a autora de Digging the Africanist Presence in American Performance: Dance and Other Contexts / Escavando a presença africanista na performance americana: na dança e em outros contextos; Waltzing in the Dark: African American Vaudeville and Race Politics in the Swing Era / Bailando no escuro: teatro de revista afro-americano e política racial na era do swing (ganhador do prêmio do Congresso de Pesquisa sobre a Dança, na categoria de Excelência em Publicação Acadêmica sobre a Dança); The Black Dancing Body–A Geography from Coon to Cool / O corpo negro dançante–uma geografia de “coon” a “cool” (ganhador do prêmio Torre Bueno por excelência acadêmica em uma publicação sobre a dança em 2004); e Joan Myers Brown and The Audacious Hope of the Black Ballerina: A Biohistory of American Performance / Joan Myers Brown e a audaciosa esperança da bailarina negra: uma história biológica da performance americana.
Distinções adicionais incluem um prêmio do Congresso de Pesquisa sobre a Dança, na categoria de Excelência em Liderança na Pesquisa da Dança (2008); uma bolsa Transformation Grant, da Leeway Foundation (2009); o prêmio de Excelência Acadêmica da International Association for Blacks in Dance (2013); o prêmio pelos direitos civis da bancada negra do legislativo da Pensilvânia (2016); um Pew Fellowship in the Arts (2017); e um prêmio da Dance Magazine (2022).
Autodescrita como uma trabalhadora cultural antirracista que utiliza a dança como seu meio de comunicação, Dixon-Gottschild é uma escritora freelance, consultora, performer e palestrante, ex-consultora e escritora da Dance Magazine e professora emérita de Estudos da Dança na Temple University. Como artista-acadêmica, ela cunhou a frase “coreografia para a página” para descrever a sua abordagem incorporada, subjuntiva de escrita de pesquisa.
Nacionalmente e no exterior, ela é curadora de diálogos reflexivos pós-performance, escreve ensaios críticos sobre a performance, apresenta performances de autoria própria e colabora com o seu marido, o coreógrafo/dançarino Hellmut Gottschild, em um gênero que eles desenvolveram e intitularam “discurso teatral do movimento”.
Durante sua residência, a Dra. Dixon-Gottschild participará de eventos sobre seu trabalho e carreira distinta, e fará a curadoria de eventos sobre o apagamento da negritude de formas de dança como balé e flamenco.
Bolsistas Mellon 2022

Gertrudis Rivalta Oliva
Nascida em 1971, em Santa Clara, Cuba, Gertrudis Rivalta Oliva é uma artista multidisciplinar cuja trajetória inclui desenho, escultura, pintura, fotografia, vídeo e performance. Formada pelo Instituto Superior de Arte de la Habana (Havana) em 1996, Rivalta expôs seu trabalho em algumas das mais importantes galerias e museus cubanos, como o Centro Wilfredo Lam, a Fototeca de Cuba, a 23ª e a 12ª Galeria , o Museu Nacional de Belas Artes de Cuba, o Centro de Desenvolvimento das Artes Visuales, bem como em espaços internacionais como o Museu de Arte de Ponce (Ponce, Porto Rico), o Centro Cultural (Manila, Filipinas), o Museu Ibero-Americano de Arte Contemporânea (Badajoz, Espanha), Galeria Track 16 (LA, Califórnia), Galeria Adhoc (Vigo, Espanha) e Espace Croix-Baragnon (Toulouse, França). Muitos desses trabalhos foram curados em colaboração com o crítico de arte britânico Kevin Power, que foi pioneiro no trabalho de Rivalta. Entre suas exposições individuais mais aclamadas está Evans or not Evans (1998, Universidade de Alicante) que revisitou o trabalho do fotógrafo norte-americano Walker Evans, em Cuba. Sua obra fez parte da mostra coletiva Queloides, de 1997, a primeira exposição em Cuba com foco na raça e no lugar que os negros ocupam na sociedade cubana. Seu trabalho está em coleções em Cuba, Espanha, Itália, Reino Unido e Estados Unidos. Como parte de sua residência, Rivalta apresentará sua exposição individual Selected Pages no Thomas Nickles Project em Nova York e participará de vários programas públicos.

Rosa Marquetti Torres
Nascida em Alquízar, La Habana, Cuba, Rosa Marquetti Torres é formada em filologia pela Universidade de Havana. Sua conexão profissional com a música cubana começou em 1993 como gestora da Fundação Pablo Milanés. A Fundação Pablo Milanés foi a primeira iniciativa institucional privada afrodescendente na cultura cubana. Desde então, a Fundação tem crescido com projetos em diversos domínios espalhados por amplas áreas, como a indústria fonográfica, propriedade intelectual; arquivo, produção, consultoria e supervisão musical em filmes e documentários; curadoria e pesquisa historiográfica e musicográfica. Marquetti é a autora de Chano Pozo. The Life (1915-1948), El Niño con su tres. Andrés Echevarría Callava, Niño Rivera, Desmemoriados. Histórias da música cubana, bem como Celia em Cuba (1925-1960) (a ser publicado). Ela também criou e é editora do blog Desmemoriados— Histórias da música cubana (www.desmemoriados.com), fundado em 2014. Marquetti também trabalhou na Magic Music Records, na Sociedade Geral de Autores e Editores da Espanha, e na Coleção Gladys Palmera. Seus textos e pesquisas sobre os principais eventos, características e figuras da música cubana foram publicados em jornais e revistas especializadas e gerais em Cuba, Colômbia, Espanha, França e Estados Unidos. Durante sua residência, Marquetti compartilhará o trabalho de seu próximo livro Celia en Cuba (1925-1960), com foco na importância das gravadoras de Nova York no início da carreira de Celia Cruz.

Karen Jaime
Karen Jaime é Assistant Professor de Artes Cênicas e Mídia e de Estudos Latinas/os na Cornell University. Karen é ex-bolsista Career Enhancement Junior Faculty Fellow, no Institute for Citizens & Scholars (anteriormente Woodrow Wilson National Fellowship Foundation), Visiting Scholar no Hemispheric Institute of Performance and Politics, Rockefeller Foundation Research Fellow e Chancellor’s Post-Doctoral Research Associate, na University of Illinois, em Urbana-Champaign. Seu livro, The Queer Nuyorican: Racialized Sexualities and Aesthetics in Loisaida (NYU Press, 2021), defende um reexame do Nuyorican Poets Cafe como um espaço historicamente queer, tanto em termos de sexualidades quanto de práticas de performance. Sua escrita crítica foi publicada, ou está prestes a ser publicada, em Women and Performance: A Journal of Feminist Theory, e-misférica, Small Axe: A Caribbean Journal of Criticism, ASAP/J, TSQ: Transgender Studies Quarterly e Performance Matters. Karen também é uma talentosa artista de slam/performance que atuou como apresentadora/curadora do Friday Night Poetry Slam no mundialmente renomado Nuyorican Poets Cafe (2003-2005). Como poeta publicada, sua escrita está incluída em The Best of Panic! En Vivo From the East Village, Flicker and Spark: A Queer Anthology of Spoken Word and Poetry, em uma edição especial de Sinister Wisdom: A Multicultural Lesbian Literary and Art Journal, “Out Latina Lesbians”, e na antologia Latinas: Struggles and Protests in 21st Century EUA. Durante sua residência, ela liderará a programação do Instituto na Coleção de Fundadores do Nuyorican Poets Cafe em HIDVL e apresentará novas pesquisas sobre o impacto do HIV/AIDS na comunidade do Café.

Ralph Thomassaint Joseph
Ralph Thomassaint é um premiado jornalista multimídia haitiano e produtor de conteúdo digital residente em Nova York. Ele lançou a seção de notícias de mídia digital haitiana Ayibopost, a plataforma digital mais competitiva do Haiti atualmente, onde trabalha como editor-chefe há quatro anos. Ralph tem mestrado em Jornalismo Digital pela New York University. Durante sua residência, participará ativamente do Rights Without Borders, da colaboração do Instituto com a Clínica de Justiça Global da Faculdade de Direito da Universidade de Nova York, e da cobertura de eventos atuais no Haiti e na diáspora.

Aurelio Martínez
Aurelio Martínez é um renomado cantor/compositor, violonista e percussionista, e um dos grandes artistas musicais da América Central. É mestre, compositor e embaixador global da música e do patrimônio cultural garifuna. Nascido em La Ceiba, Honduras, em uma família com um legado musical formidável, Martínez é conhecido por sua voz potente e evocativa e por suas composições originais, que são uma expressão moderna da tradição garifuna. Martínez é uma força musical internacional que recebeu inúmeros prêmios e se apresentou em todo o mundo compartilhando e ensinando a cultura garifuna. Além de sua carreira como artista de música e performance, Martínez tornou-se o primeiro garifuna e o primeiro representante negro no Congresso hondurenho, onde defendeu os direitos e a soberania cultural de sua comunidade. Durante sua residência, que inaugura a colaboração entre o Hemi e o Clive Davis Institute for Recorded Music da NYU, Aurelio dará master classes, workshops comunitários e participará de outros programas públicos.
2021-22 Mellon Fellows

Arthur Avilés
Arthur Avilés é um dançarino / coreógrafo gay de renome internacional de Nova York. Ele nasceu em 1963 na Jamaica, Queens, e foi criado em Long Island e no Bronx. Em dezembro de 1998, junto com Charles Rice-González, ele co-fundou a Academia de Artes e Dança do Bronx (BAAD!), Um espaço de performance que abriu caminho para a arte e dança profissional no Bronx e tem atraído a atenção local. por seu trabalho. Avilés recebeu vários prêmios e homenagens, incluindo um doutorado honorário em Belas Artes de sua alma mater, Bard College, bem como um prêmio Bronx Recognizes Its Own (BRIO) e vários prêmios de Dança e Performance de Nova York (Bessie). Em 2003, a principal crítica do The New York Times, Anna Kisselgoff, chamou-o de “um dos grandes dançarinos modernos dos últimos 15 anos”.

Nakai Flotte
Nakai Flotee (Ella / Elles) é uma antropóloga, etnógrafa e organizadora comunitária de ascendência mexicana, nascida e criada na fronteira do Texas com o México. Ela tem um Ph.D. em Antropologia pela Universidade de Harvard e trabalha com questões relacionadas à construção de fronteiras, migração queer e trans e práticas de encarceramento de refugiados nos Estados Unidos, México e outros lugares. A Dra. Flotte é atualmente um pós-doutorado no Centro para Gênero, Raça, Povos Indígenas, Deficiência e Sexualidade (GRIDS) na Universidade do Texas em Austin, onde ela conduzirá pesquisas e ensinará sobre migração internacional, práticas de cuidado e abolicionista pensamento e práticas. Ela é voluntária e membro do Un Mundo Sin Fronteras, um coletivo fundado por mulheres negras trans da América Central em Austin, Texas. O Dr. Flotte também escreve e conduz pesquisas para várias nações tribais e comunidades indígenas no Texas, Chihuahua e México.

Saudi Garcia
Saudi García é uma imigrante de primeira geração, afro-caribenha, queer e candidata a doutorado na New York University. Ela se formou no programa de Cultura e Mídia da NYU e é estudiosa pública e facilitadora da In Cultured Company, uma organização que trabalha pela paz e reconciliação dominicano-haitiana. Motivada por sua profunda preocupação com as relações dos negros com a terra, a ecologia e a saúde ambiental, Saudí investiga a história e as formas contemporâneas de resistência à mineração de ouro na República Dominicana como um ponto de entrada para examinar como as comunidades negras do Caribe constroem visões das relações humanas que são alternativas às ecologias tóxicas e vulneráveis ao clima da região. Sua dissertação, provisoriamente intitulada “Desvendando a negritude: Raça, toxicidade da mineração e saúde bio-geo-social na República Dominicana”, analisa como as formas de ativismo e a sobrevivência diária dos dominicanos negros rurais afetados pela mineração de ouro revelam a diferença entre o projeto de racialização do Caribe hispânico e as imaginações, filosofias e práticas culturais anticoloniais e quilombolas da população rural de Ayiti (Hispaniola). Ela é professora de antropologia bio-social, antropologia afro-latino-americana e estudos dominicanos.

Rodrigo Severo
Nascido na cidade de Natal (RN), Rodrigo Severo é um artista multidisciplinar e professor de Teatro, Performance e Intervenção Urbana. Atualmente está concluindo o doutorado em Artes Cênicas pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Rodrigo é membro fundador do Preta Performance, coletivo multidisciplinar de artistas negros que investiga as relações étnico-raciais no Brasil com o objetivo de criar ações estéticas descolonizadas e antirracistas nas linguagens da performance e do audiovisual. Com o Coletivo, dirigiu e participou de inúmeros trabalhos, entre eles Negrotério (2016), realizado na 32ª Bienal de São Paulo. Tem trabalhos acadêmicos publicados nas revistas Sankofa (São Paulo), Ephemera (U FOP), interFACES (UFRJ) e recentemente no livro Entre Atlânticos: protagonismo, política e epistemologia (Dialética, 2021). De 2011 a 2017, foi integrante da Rede de Criadores Desvio Coletivo, tendo realizado com este diversos trabalhos de intervenção urbana pelo Brasil. Também ministrou cursos de performance, intervenção urbana e teatro em diversas instituições.